A educação infantil fora por muito tempo, um dever apenas da família, pois era dentro de casa ou convivendo com outras crianças, que a menino (a) aprendia a falar adquirir conhecimentos necessários para viver no seu meio e conseguir encarar as responsabilidades quando adulto. E por muito tempo não havia nenhuma instituição para ensinar as crianças e, por isso, pode-se dizer que a educação infantil nas escolas é um acontecimento recente. E essa mudança aconteceu devido a alguns fatores, como a maneira da sociedade ver, pensar a importância desse momento na infância. O aparecimento de escolas infantis está ligado também ao surgimento da escola e do pensamento pedagógico moderno, por volta do séc. XVI. Alguns fatores são: a sociedade na Europa mudou com surgimento de novas terras, com a invenção da imprensa, permitindo que as pessoas tivessem acesso à leitura. A igreja também teve um papel importante na educação, já que devido à disputas com os protestantes, que se dedicavam a ensinar seus seguidores para que tivessem o básico da leitura.
Depois das escolas surgiram às creches e pré-escolas, e um dos motivos seria o trabalho materno fora do lar. Outro motivo seria o surgimento de uma nova estrutura familiar, a conjugal, onde, pai, mãe e seus filhos passaram a ter uma nova norma, começaram a viver sem muitos adultos no mesmo espaço, gerando um cuidado maior que nem sempre se concentrava na figura materna. Com isso da para se perceber que existiram vários fatores para o surgimento das escolas.
Todas essas idéias influenciaram as instituições que surgiam e deixaram de forma muito forte as propostas e a forma de atuação dos educadores, nas creches e pré-escolas. A expansão dessas instituições no Brasil que aconteceu por volta do séc. XX recebeu grande influência das idéias dos médicos e psicólogos, que falavam de forma bastante exata o que constituía um desenvolvimento normal e quais as condutas das crianças e de suas famílias que consideravam normais. Resumindo, as creches e pré-escolas surgiram a partir de mudanças econômicas, políticas e sociais que houve na sociedade.
O educar e cuidar são os dois processos complementares e inseparáveis na educação da criança pequena, pois, a criança nessa fase tem várias necessidades, como atenção, carinho, segurança. E nessa fase as crianças entram em contato com o mundo a sua volta e não seria possível inserir elas sem cuidar e educar simultaneamente.
A criança nessa fase vive um momento criativo, onde a mistura entre elas e as pessoas e tudo no ambiente em que vive vai fazendo com que a criança passe a participar de experiências em seu meio, que é a educação.
Motricidade
Motricidade é a habilidade motora, e há vários tipos como motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, erganização espacial
Atividades para crianças de 0 a 1 ano
Um dos desenvolvimentos mais visíveis no primeiro ano de vida é sem dúvida o progresso impressionante que os bebês realizam ao controlar seus movimentos e aperfeiçoarem suas habilidades motoras.
A bola é uma grande amiga da criança. É atrativa, e muito estimulante. Uma bola pode estimular o bebê que engatinha a ir atrás dela, ou se for maiorzinho a que corra atrás dela. Ela ajuda no desenvolvimento do equilíbrio, da coordenação motora, e da força muscular. Uma bola, seja do tamanho que for, ou da forma e desenho que tenha, sempre é bem-vinda às brincadeiras infantis.
Bola Gigante
Segurando a criança, Senta-se ela em cima da bola fazendo com que ela venha para frente e para trás bem devagar; ou coloque a criança de barriga para baixo e faça o mesmo movimento.
Serra, serra, serrador
Coloque a criança no colo. Segure os bracinhos dela estendidos e faça movimentos para frente e para trás cantando:
“Serra, serra, serrador
Serra o papo do vovô!
Quantas tábuas já serrou?
Uma, duas, três!”
Daí quando chegar ao "três", faça algum movimento engraçado: cócegas no bebê, ou levante-o bem alto.
Faça caretas
Bebês adoram olhar rostos e vai adorar ver sua boca, seus olhos e suas mãos em movimentos diferentes. Mesmo que ele não demonstre grandes reações, como dar risadas, ficará entretido tentando entender.
Atividades para crianças de 1 a 2 anos
Até então era o centro das atenções; daí em diante se movimentará e entrará na rotina da família, já não querem ficar no cercado, pegam brinquedos de outras crianças, mas não quer emprestar os seus. Já se despede da mamadeira, chama a atenção da mãe para as fraldas molhadas. Procura rabiscar com lápis e virar páginas e livros, gosta de ouvir músicas, vira e desvira objetos, sobem e descem escadas com as mãos e joelhos, saem do berço, atira bolas, experimenta abrir e fechar portas. Eles usam todas as travessuras para sua satisfação e aprendizagem.
Passar no túnel
Mostre o túnel para a criança. Faça com que ela ande ao lado dele, por fora, do início até o fim, depois a incentive a atravessar o túnel.
Fazer um pequeno circuito: entrar no túnel, depois dar três pulos sobre caixas, seguir a linha reta até o final e virar cambalhota.
Ovo choco
As crianças sentam em roda, uma criança fica do lado de fora e segura um objeto na mão, ela começa a caminhar ou a correr em volta da roda, enquanto todos batem palma e cantam a música. Depois de algumas voltas, a criança que tem o objeto na mão coloca atrás de uma criança que está sentada e a criança que deixou o objeto corre para sentar em um lugar vago da roda. Se ela for pega todos gritam “Ovo choco está fedendo”. E se a criança não perceber que recebeu o objeto ou se ela correr para pegar a outra criança sem o objeto na mão, todos cantam “Ovo choco está fedendo”
“Não olhe para trás, a raposa vem atrás, não olhe para frente, a raposa vem na frente”.
Morto Vivo
A professora irá dispor as crianças enfileiradas na horizontal, cada vez que o condutor falar MORTO, as crianças devem se agachar e quando ele falar VIVO eles devem se levantar, o condutor deverá ir falando cada vez mais rápido para que as crianças se confundam, quem errar sairá da brincadeira até que fique apenas o vencedor, depois a brincadeira recomeça novamente.
Fazer ginástica
Com uma música bem animada, a professora pede para que todos se levantem e se estiquem, para o lado esquerdo e depois direito, que girem a cabeça, que abaixem e levantem e que estiquem o braço para um lado e para outro.
Atividades para crianças de 3 a 4 anos
A criança nessa fase já tem grande atividade motora, já corre, salta, sobe e desce escadas, pode começar a andar de triciclo e tem grande desejo de experimentar tudo. É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo e copia figuras geométricas simples;
Brincadeiras do Sul: Coelho Sai da Toca
Em trios, duas crianças formam a toca e uma será o coelho. Para fazer a toca, a dupla junta as mãos no ar, formando uma casinha. Quem interpreta o coelho fica agachado entre elas, embaixo dos braços. Essa estrutura se repete com os demais participantes da brincadeira. Uma das crianças fica em pé entre as tocas e deve gritar: "Coelho sai da toca!". Ao fazer isso, os coelhos entocados precisam trocar de casinha. Já a criança que estava no meio deve tentar roubar a toca de alguém. Se conseguir, aquela que ficou sem toca é a que passa a gritar no centro do espaço. Ela também pode falar "Toca troca de lugar!". Nesse caso, são as tocas que devem trocar de coelho.
Variações: Em alguns lugares a toca é formada por um círculo desenhado com giz no chão ou por um aro ou bambolê. A dinâmica da brincadeira é a mesma, mas não há a possibilidade de a toca trocar de lugar.
Os jogadores que caírem durante a corrida serão desclassificados. Ganhará a dupla que alcançar primeiro a linha de chegada.
2) Corre Cotia
Todos devem sentar no chão, formando um círculo. Uma das crianças corre do lado de fora da roda com um lenço ou bola na mão, ao ritmo da ciranda (veja letra abaixo). Ao fim da cantoria, a meninada que está sentada abaixa a cabeça e tapa os olhos com as mãos. Quem está correndo deixa cair o lenço ou bola atrás de um dos sentados. Este deve pegar o lenço e correr atrás de quem o deixou. O lugar vazio da roda é o pique. Quem perde, fica fora da roda e a brincadeira recomeça. Quem é pego tem de pagar uma prenda, definida pelo grupo.
Letra da música
Corre cotia
de noite e de dia
Comendo farinha
Na casa da tia
Corre cipó
Na casa da avó
Lencinho na mão
Caiu no chão
Moça (o) bonita (o) do meu coração
Criança: Posso jogar?
Roda: Pode!
Criança: Ninguém vai olhar?
Roda: Não!
É um, é dois e é três!
Estátua
Todos os jogadores fazem um círculo e um fica como o mestre, controlando o som. Quando o mestre quiser, ele abaixa o volume e diz "estátua"! Os jogadores devem ficar em posição de estátua, sem se mexer e o mestre vai tentar fazer caretas e brincadeiras para ver quem se mexe primeiro. Não vale fazer cócegas.
Quem se mexer ou rir primeiro paga uma prenda e vai para o lugar do animador.
Dançar com balões sem deixar cair
Com uma música bem animada, as crianças começam a dançar, quem deixar cair o balão vai saindo até restar apenas uma.
Dança das cadeiras
Você precisa ter uma cadeira a menos do número das pessoas que estiverem brincando. Coloque uma música animada,as crianças andam dançado ao redor das cadeiras,quando a música parar elas devem correr e tentar sentar,quem não conseguir, sai da brincadeira.
Conforme as crianças vão saindo,deve-se tirar também uma cadeira, até que só reste uma cadeira e o vencedor.
Atividades para crianças de 5 a 6 anos
A criança nessa fase já possui muito mais autonomia, conhecem as cores, os números, etc, tem capacidade para memorizar histórias e repeti-las; é capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o tamanho (do menor ao maior); consegue entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje", "amanhã".
Carrinho de mão
Traçam-se duas linhas paralelas a uma distância de cinco metros uma da outra: a linha de partida e a linha de chegada. Os jogadores formam duas fileiras, uma atrás da outra.
A um primeiro sinal, os jogadores que estiverem na fileira da frente apóiam as mãos no solo, estendendo ao mesmo tempo as pernas para trás. Os jogadores da retaguarda elevam as pernas dos companheiros, ficando entre elas e segurando-as à altura do joelho. A um segundo sinal, os jogadores correm em direção à linha de chegada.
Circuito de estourar balões
Dividir as crianças em dois grupos, cada uma recebe um balão, uma do grupo senta-se numa cadeira do outro lado, e outra criança do grupo tem que correr até ela e sentar no balão que está do colo do colega, ganha o grupo que estourar todos os balões primeiro.
Corrida com ovo
Cada criança receberá um ovo cozido e uma colher, e com a colher na boca, deverá correr até a linha de chegada sem derrubar o ovo ou colocar a mão.
Corrida do saco
Marque um ponto para ser a linha de chegada e outro de partida. Cada participante deve entrar no saco ou fronha ou ter as pernas bem presas por um elástico. Ao ser dado o sinal os jogadores, aos pulos, precisam cruzar a linha de chegada.
Correio de palitos
Cada integrante do grupo deverá receber um palito e colocá-lo na boca. O coordenador da atividade deverá entregar ao primeiro integrante de cada equipe um anel e, ao sinal de início, este deverá pendurá-lo no palito e passá-lo, sem a ajuda das mãos, ao palito do companheiro subseqüente. O anel deverá passar por todos os integrantes da equipe, da mesma forma, até chegar à pessoa que iniciou a atividade. Se o integrante que estiver passando o anel deixá-lo cair, poderá pegá-lo e continuar a atividade do ponto onde parou. A equipe vencedora será a que primeiro realizar toda a atividade.
Figura Geométrica Humana
O coordenador da atividade deverá dividir os participantes em grupos de 3 a 5 componentes. Logo após, solicitará aos grupos que formem figuras geométricas humanas, isto é, utilizando seus corpos como demarcação dos limites da figura proposta. Sugestões de figuras: círculo, triângulo, quadrado.
Brincadeiras Paralelas
Adoleta
Em círculo as crianças catam:
“ Adoleta, lepeti, letomá
Lecafé com chocolá
Adoleta puxa o rabo do tatu
Quem saiu foi tu”
João roubou pão
Em círculo as crianças cantam:
“O fulano(nome de uma criança) roubou pão na casa do João!!!
Quem eu? (criança fala)
Sim você! (o grupo fala)
Eu não! (criança fala)
Então quem foi? (grupo fala)
Meu mestre mandou
Um dos participantes é encarregado de ser o mestre e ficará a frente dos outros jogadores. Ele dará as ordens e todos os seguidores deverão cumpri-las desde que sejam precedidas das palavras de ordem: “O mestre mandou”. As ordens que não começarem com essas palavras não devem ser obedecidas. Por isso, esse é um jogo que exige bastante atenção, uma vez que será eliminado aquele que não cumprir as ordens ou cumprir as ordens sem as palavras de comando.
Dança da laranja
Formam-se os pares para a dança. Coloca-se uma laranja apoiada entre as testas dos dois integrantes de cada par. Ao começar a música, os pares devem dançar procurando ao mesmo tempo evitar que a laranja caia. É proibido usar as mãos para manter o equilíbrio. Se a laranja cair no chão, a dupla é desclassificada. A música deve prosseguir até que só reste um par com a laranja.
Dança com bambolê
Cada criança pega um bambolê e começa a rebolar conforme a música, que deixar cair vai saindo, ganha que ficar por último.
Balança caixão
Uma criança é o rei e senta-se em um banco qualquer, chamado de trono. Outra é o servo e apóia o rosto no colo do rei. As demais formam uma fila atrás do servo, apoiando-se umas nas costas das outras. A fila balança para um lado e para o outro cantando. O último da fila dá um tapinha nas costas de quem está na sua frente e se esconde. Isso ocorre sucessivamente, até chegar à vez do servo, que procura os demais. "Ele precisa ter paciência para procurar bem.
“Balança caixão
Balança você
Dá um tapa nas costas
E vai se esconder”.
Passa anel
Com as duas palmas das mãos unidas, uma das crianças segura um anel. As demais ficam sentadas em um banco, uma ao lado da outra, com os braços estendidos e as mãos na mesma posição. A criança que está com o anel passa suas mãos por dentro das mãos das outras e deixa o objeto com um dos participantes, sem que os outros percebam. Depois de mostrar as mãos vazias, ela pergunta a alguém com quem está o anel. Se a pessoa acertar, vira o passador de anel. Se não, a brincadeira segue com o mesmo passador até que alguém acerte.
“Perdi meu anel no mar
Não pude mais encontrar
E o mar me trouxe a concha
De presente para me dar
Foi parar na goela da baleia
Ou então no dedo da sereia
Ou quem sabe um pescador
Encontrou o anel
E deu pro seu amor”.
Passarás
Antes de começar a brincadeira, duas crianças escolhem uma fruta de sua preferência (pêra e maçã, por exemplo). Depois, ficam uma em frente à outra, com os braços levantados e as mãos juntas formando uma ponte. Por baixo delas, os demais participantes passam em fila, cantando. Quando a música termina, a dupla prende nos braços quem está passando naquele momento e pergunta baixinho, sem que os outros ouçam: "Você prefere pêra ou maçã?" O participante escolhe e vai para trás de quem representa a fruta escolhida. No final, ganha aquele que tiver mais pessoas atrás de si, ou seja, a fruta preferida.
“Passarás, passarás
A bandeira há de ficar
Se não for o da frente
Pode ser o de atrás
Tenho dois filhos pequeninos
Não posso mais demorar
Demorar, demorar
Passarás, passarás
A bandeira há de ficar
Se não for o da frente
Pode ser o de atrás...”
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